Necessidade de sobrevivência leva mais de 30% dos aposentados de volta ao trabalho

Mais de 30% dos aposentados brasileiros permanecem no mercado de trabalho em função de ter benefício insuficiente para manter padrão de vida que tinham quando estavam na ativa.
A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos países desenvolvidos, a realidade é diferente; com benefícios satisfatórios, geralmente reforçados por previdência complementar, os aposentados só voltam a trabalhar se quiserem.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que a maioria dos brasileiros não vê a aposentadoria como a interrupção da atividade laboral e que em outros países o recebimento do benefício da aposentadoria é condicionado legalmente à saída do mercado de trabalho.
"Em diversos países, se o aposentado volta a trabalhar, o valor do benefício é reduzido", acrescenta o instituto.
Segundo a economista Ana Amélia Camarano, coordenadora da área de pesquisa em população e família do Ipea, no Brasil, muitos dos aposentados voltam ao trabalho porque têm condições de permanecer na ativa por mais tempo.
"Para a maioria dos segurados, a aposentadoria é precoce, ainda em fase de pleno vigor físico e intelectual”, afirma Ana Amélia.
Para ela, a questão que tem dois lados: de um lado os valores dos benefícios são baixos e, de outro, até por conta do aumento da longevidade, se o segurado com boas condições de saúde, ficar em casa vai entrar em depressão, então, o trabalho é forma de integração social importante.
Mas a economista chama a atenção para a necessidade de a aposentaria ser usada como mecanismo para regular o mercado de trabalho; segundo ela, as vagas abertas pelas aposentadorias devem ser destinadas a jovens que estão entrando no mercado de trabalho.
No caso do Brasil, esse mecanismo não está funcionando.
A economista cita que na Europa as pessoas se aposentam em ótimas condições de saúde e de trabalho (as mulheres aos 60 anos e os homens aos 65), e, mesmo assim, o Estado não amplia a idade de aposentadoria justamente para garantir a abertura de empregos aos jovens.
Se o aposentado quiser voltar a trabalhar, fica sem receber a aposentadoria ou pede licença da aposentadoria enquanto estiver trabalhando.
Segundo o psicólogo Aguinaldo Aparecido Néri, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas (SP) e coordenador do Curso de Especialização em Desenvolvimento do Potencial Humano nas Organizações, os aposentados do primeiro mundo podem pensar em afastamento gradual ou até mesmo em grandes mudanças para a fase de maturidade.
“No Brasil já temos milhares de pessoas que estão no mercado de trabalho aos 50 anos de idade, aposentados ou desempregados, precisando de apoio e orientação”, disse Neri.

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